Filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse considerar neste sábado que o candidato apoiado pela extrema-direita nas eleições de 2026 precisa se comprometer a conceder um indulto presidencial ao pai, caso vença o pleito. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por integrar o núcleo crucial da tentativa de golpe após a derrota para Lula (PT), em 2022.
Segundo Flávio, “se acontecer de o [Jair] Bolsonaro ser condenado” e um hipotético presidente aliado do pai lhe conceder um perdão da pena, também será necessário garantir que o STF “respeite os demais Poderes”, sob risco de gerar um cenário onde seria necessário envolver “uso da força”.
A expressão, de acordo com o parlamentar, não é “em tom de ameaça”, mas “fazendo uma análise de cenário”. O filho mais velho do ex-presidente disse que o pai “não só vai querer apoiar alguém que banque a anistia ou o indulto, mas que seja cumprido”.
Cotado como possível sucessor do pai em uma candidatura presidencial em 2026, o senador disse se sentir “lisonjeado” com a menção a seu nome, mas afirmou que sua decisão de disputar um novo mandato no Senado é “imutável”.
Ele defendeu ainda que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu irmão, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), sua madrasta, também concorram ao Senado na próxima eleição. E disse que a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro seria uma “saída honrosa para todo mundo”, incluindo “o Supremo, o Alexandre de Moraes e o Congresso”.
Apesar de insistir na tese de que o ex-presidente registrará candidatura em 2026, mesmo estando inelegível, Flávio mencionou governadores de direita, como Ratinho Jr (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás), como possíveis candidatos à Presidência com apoio do pai.
Outro cotado como candidato do bolsonarismo é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Por:Carta Capital