Pela primeira vez desde 2020, início da nova série histórica, o Brasil registrou, em fevereiro, 431.995 vagas formais de trabalho, apontam dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego nesta sexta-feira 28.
O resultado representa uma variação de 40,5% na comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram registrados 307,5 mil postos. O saldo para fevereiro foi composto por 2,579 milhões de admissões e 2,147 milhões de desligamentos.
Desde 2023, foram criadas 3.717.766 vagas formais. O maior gerador no período foi o setor de serviços, com a criação de pouco mais de 2 milhões de vagas de trabalho, seguido pelo comércio (607.834 postos).
Nesse período, a indústria recebeu destaque na geração de vagas, com 572.283 postos, principalmente na indústria de transformação (+516.909).
O setor da construção civil gerou nos últimos doze meses 79.412 postos de trabalho, com elevações maiores na construção de edifícios (+28.196). Já a agropecuária apresentou saldo positivo de 56.213 empregos, com destaque para o cultivo de soja (+14.038) e de maçã (+11.843). Apenas o comércio teve um saldo negativo de 4.490 postos formais no período.
Nas unidades da Federação, os maiores saldos foram registrados em São Paulo (1,22%), Rio Grande do Sul (2,03%) e Minas Gerais (1,15%). Em termos relativos, os estados com maior variação no acumulado do ano até aqui foram Mato Grosso (3,11%), Goiás (2,22%) e Santa Catarina (2,08%).
Para chegar aos dados, o Caged considera apenas trabalhadores com carteira assinada. Ou seja, a fotografia do mercado de trabalho brasileiro divulgada nesta sexta é parcial, uma vez que não inclui trabalhadores por conta própria e informais.
A responsável por captar a dimensão da informalidade é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a PNAD Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Por:Carta Capital