O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao Brasil nesta quinta-feira (30) após passar três meses nos Estados Unidos. Ele desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília às 6h40 e foi recebido por alguns apoiadores no saguão. No entanto, Bolsonaro saiu por uma rota reservada e seguiu para um evento fechado com familiares e aliados, escoltado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
No local, Bolsonaro foi recebido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo ex-ministro Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022. Ele fez um aceno rápido aos apoiadores e não deu declarações.
Bolsonaro havia viajado para Orlando, na Flórida, a dois dias do término de seu mandato. Ele ficou hospedado na casa de um amigo em um condomínio de luxo na cidade e fez poucas aparições públicas ao longo de três meses. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro viajou para Orlando algumas vezes durante esse período e compartilhou detalhes das viagens em redes sociais.
Durante sua estadia nos EUA, Bolsonaro esteve acompanhado de assessores presidenciais pagos com dinheiro público, o que é garantido por lei a ex-presidentes mesmo que estejam fora do país. Ele nunca justificou oficialmente a viagem em um voo da Força Aérea Brasileira quando ainda era presidente.
De volta ao Brasil, Bolsonaro deve aceitar o convite de Valdemar Costa Neto e se tornar presidente de honra do PL. O partido ao qual se filiou há pouco mais de um ano para disputar a reeleição em 2022 afirmou que Bolsonaro receberá remuneração igual a de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O salário de um ministro do STF é o teto do funcionalismo público e, a partir de 1º de abril deste ano, será de R$ 41.650,92. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também assumiu um cargo no partido neste mês: o de presidente do PL Mulher.
Ainda não foi divulgado se Bolsonaro terá agendas públicas com apoiadores em sua nova função.
