Mamífero ártico impressiona pela longevidade e mecanismos naturais que retardam o envelhecimento
A baleia-da-groenlândia (Balaena mysticetus), espécie típica das águas geladas do Ártico, impressiona não apenas pelo porte — com machos que chegam a 20 metros e a maior boca do reino animal, medindo até 7 metros — mas também pela longevidade.
Estudos indicam que esses mamíferos marinhos podem viver mais de 200 anos, como revela o IFL Science.
Evidências que apontam para a idade avançada
- Pesquisadores estimam essa impressionante expectativa de vida com base em métodos como a análise de lentes oculares, que crescem em camadas ao longo do tempo e acumulam ácido aspártico.
- A taxa de racemização desse aminoácido permite calcular a idade do animal com precisão. Uma baleia com 211 anos já foi registrada.
- Outro indício veio em 2007, quando caçadores nativos do Alasca encontraram uma ponta de arpão de pedra embutida em uma baleia — datada de 1880, o que sugeria uma idade de cerca de 130 anos.
Leia mais:
Explicações para a longevidade
A longevidade dessa espécie está ligada a uma vida de crescimento lento, reprodução tardia (fêmeas só atingem a maturidade entre 18 e 33 anos), intervalos longos entre gestações e poucos predadores naturais.
Segundo o biólogo João Pedro de Magalhães, essas baleias evoluíram com mecanismos para retardar o envelhecimento e resistir a doenças.
Apesar de ser um dos mamíferos mais longevos do planeta, a baleia-da-groenlândia ainda perde o posto de ser vivo mais duradouro para o molusco quahog-do-oceano, que pode viver mais de 500 anos.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital
