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quarta-feira, 25 dezembro, 2024
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Ativistas protestam contra projeto que ameaça Floresta Manaós

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A Campanha “Salve a Floresta Manaós” Pressiona o Prefeito para Veto do Projeto de Lei de Ampliação Comercial em Área de Proteção Ambiental

Um movimento de ativistas reagiu ao Projeto de Lei nº 582/21, proposto pelo vereador Diego Afonso (União Brasil), que busca modificar os limites da APA (Área de Proteção Ambiental) Floresta Manaós, localizada no bairro Coroado, zona leste de Manaus. Os ativistas lançaram a campanha “Salve a Floresta Manaós” e criaram um site para mobilizar a população contra a expansão comercial em uma área de floresta urbana. O objetivo é pressionar o prefeito David Almeida para que vete o projeto, que já conta com a assinatura de 941 pessoas.

Mobilização busca pressionar o prefeito David Almeida a vetar o projeto de lei

A mobilização conta com a participação de diversos grupos, como Minha Manaus, Abaré, Associação de Advocacia Popular, Instituto Rebbú, Greenpeace Manaus e Líderes da Realidade Climática Amazonas. Eles alertam para o fato de que a aprovação desse projeto pela Câmara de Vereadores poderá abrir precedentes para o desmatamento de outras áreas protegidas, apenas para atender interesses comerciais. Manaus, mesmo estando no coração da região amazônica, é considerada uma das capitais menos arborizadas do país, de acordo com dados do IBGE. Com a primeira Conferência das Partes (COP) na Amazônia se aproximando em Belém, a comunidade questiona qual exemplo David Almeida dará ao resto do mundo caso essa lei seja sancionada. Eles exigem que a voz da sociedade civil seja ouvida.

Luana Castro, arquiteta, urbanista e pesquisadora do Laboratório Cidades na Amazônia, destaca que a degradação da APA Floresta Manaós representa um risco para a vida das pessoas que residem nas proximidades das bacias hidrográficas dos igarapés do Mindu e da orla de Educandos. A existência dessa extensa área verde urbana, que já vem sofrendo perdas ao longo de décadas, supre não apenas necessidades ambientais, mas também sociais, garantindo o abastecimento dos lençóis freáticos e absorvendo a água que poderia causar alagamentos ainda mais graves para os moradores em situação de risco nas bacias do Mindu e do Educandos.

O Projeto de Lei foi aprovado na última quarta-feira (21) com 31 votos a favor e 4 contra. Ele permite a construção de um posto de combustíveis na área verde, sendo que a empresa responsável pelo investimento é a IBK Comércios e Serviços Ltda.

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