
Tudo sobre Android

Tudo sobre China
Uma coalizão internacional de governos alertou sobre o uso de aplicativos Android para espionar membros da sociedade civil que possam se opor aos interesses do governo da China. O foco são duas famílias de spyware chamadas BadBazaar e Moonshine.
O Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido (NCSC), ligado à agência de inteligência GCHQ, publicou comunicados ao lado de agências da Austrália, Canadá, Alemanha, Nova Zelândia e Estados Unidos nesta semana.
Aplicativos espiões agiam como cavalos de Troia no Android
Esses spywares se escondiam em aplicativos aparentemente normais e agiam como trojans (“cavalos de Troia”). Segundo o NCSC, os apps tinham capacidades de vigilância – por exemplo: acesso à câmera, microfone, mensagens, fotos e dados de localização.

As ferramentas foram usadas para espionar comunidades (uigures, tibetanos, taiwaneses), além de ativistas e outros grupos da sociedade civil.
- Para quem não sabe: uigures são uma minoria muçulmana concentrada principalmente na China. Eles enfrentam detenções, vigilância e discriminação por parte do governo chinês. Por isso, frequente são alvo de hackers, segundo o TechCrunch.
“Os aplicativos têm como alvo específico indivíduos, internacionalmente, que estejam ligados a temas considerados pelo Estado chinês como uma ameaça à sua estabilidade, com alguns deles sendo projetados para atrair diretamente as vítimas ou imitar aplicativos populares”, afirmou o NCSC, em comunicado.
O texto acrescenta: “Os indivíduos mais em risco incluem todos os ligados à independência de Taiwan; aos direitos dos tibetanos; aos muçulmanos uigures e outras minorias étnicas da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, na China; à defesa da democracia, incluindo em Hong Kong; e ao movimento espiritual Falun Gong.”

Leia mais:
Uma das listas divulgadas pelo NCSC inclui mais de 100 apps Android. Entre eles, há aplicativos de oração muçulmanos e budistas, de mensagens (Signal, Telegram e WhatsApp). Também aparecerem ferramentas conhecidas, como o leitor de PDFs Adobe Acrobat.
Até a publicação desta matéria, Google e Apple não tinham respondido aos pedidos de comentário do TechCrunch.
Fonte: Olhar Digital