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terça-feira, 13 maio, 2025
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Apagão na Europa: autoridades seguem investigando razões

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Imagine uma investigação em ritmo acelerado para descobrir se um inimigo invisível – o hacker – esteve por trás do grande blecaute que mergulhou Espanha e parte da Europa em escuridão no fim de abril.

Na madrugada de 28 de abril, dezenas de milhões de pessoas na Espanha, Portugal e em outros cantos do Velho Continente viram as luzes se extinguir repentinamente. Serviços públicos, hospitais, empresas e lares ficaram às cegas por horas.

hacker em frente a um computador
Especialistas não creem em ataque cibernético (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)

Agora, o Instituto Nacional de Segurança Cibernética da Espanha (Incibe) coordena inquérito que examina se falhas digitais, e não técnicas, precipitaram o colapso elétrico.

Pequenas usinas, grande vulnerabilidade

O foco das autoridades recai sobre instalações de porte modesto – parques solares e eólicos que, juntos, são a espinha dorsal renovável do país. Cada gerador conectado à internet virou potencial ponto de invasão. Para avaliar riscos, operadores de energia receberam extenso questionário:

  • Controle remoto: existem brechas que permitem manipular a produção a partir de qualquer lugar?
  • Registros de irregularidades: detectaram tentativas de acesso não autorizado antes do apagão?
  • Atualizações de segurança: qual foi a última vez que cada sistema recebeu um patch?
  • Arquitetura em xeque: seria esse modelo fragmentado – milhares de mini‑usinas em vez de poucos gigantes – o calcanhar de Aquiles?

Basta olhar os dados: a operadora Red Eléctrica monitora, em tempo real, quatro mil instalações renováveis com capacidade mínima de 1 MW.

Em casos de grandes unidades (acima de 5 MW), ela pode ajustar remotamente a geração. Já o segmento solar conta com, ao menos, 54 mil pontos de geração distribuída, espalhados em telhados e terrenos.

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Ciberataque ou coincidência?

Apesar de a Espanha ter sofrido 100 mil tentativas de invasão em 202470% voltadas a empresas e órgãos governamentais –, a maior parte dos especialistas em eletricidade descarta a hipótese de sabotagem digital como causa direta do blecaute.

Quando 15 GW – cerca de 60% da capacidade instalada da Espanha – sumiram em questão de segundos, a malha elétrica perdeu estabilidade e várias centrais foram desligadas como medida de segurança. Retomar o funcionamento pleno do sistema levou 16 horas, um tempo que, segundo os especialistas, não condiz com os danos que um hacker deixaria nos sistemas de controle.

Foto de usina termelétrica
Foto panorâmica de usina termelétrica (Imagem: Ugis Riba/Shutterstock)

Enquanto isso, o Incibe continua cruzando respostas e logs de segurança, na esperança de apontar – ou descartar – a falha cibernética como pivô do incidente. Seja qual for o veredito, o episódio já escancarou um alerta: mesmo uma infraestrutura aparentemente resiliente pode ter seu ponto fraco na linha de código.

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Fonte: Olhar Digital

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