Relatos alarmantes de precariedade na PMAM
No final de 2024, denúncias feitas por novos soldados da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) revelaram condições de trabalho preocupantes. Entre as queixas estão jornadas exaustivas, alimentação inadequada e falta de promoções, afetando diretamente o bem-estar dos policiais.
Jornadas de trabalho extenuantes
Os novos soldados, que iniciaram o estágio em setembro, enfrentaram uma escala 6 por 1, posteriormente alterada para 5 por 2 após denúncias. Mesmo após a formatura, em novembro, continuam submetidos às mesmas condições de trabalho, sem promoção oficial a soldados, o que tem gerado insatisfação e desmotivação na tropa.
Alimentação inadequada e empresa envolvida
A alimentação distribuída aos soldados tem sido alvo de críticas. Relatos indicam que as refeições, fornecidas pela Triseven Serviços, chegam em más condições ou não chegam às unidades. Apesar de já ter recebido mais de R$ 78 milhões do governo estadual, a empresa enfrenta reclamações frequentes sobre a qualidade e distribuição da alimentação.
Falta de infraestrutura e suporte logístico
Além das jornadas desgastantes, os policiais relatam dificuldades logísticas, como a falta de transporte adequado e alterações inesperadas nas folgas. Muitos realizam serviços extras durante os dias de descanso para complementar a renda, agravando o desgaste físico e emocional.
Uniformes inadequados e atividades intensas
Os soldados receberam apenas um uniforme, frequentemente em tamanhos inadequados, obrigando ajustes às próprias custas. Aqueles sem uniformes adequados foram designados para tarefas físicas intensas, como a operação estiagem, o que tem agravado o desgaste físico da tropa.
Silêncio das autoridades
Até o momento, o Governo do Amazonas, a Polícia Militar e a SSP-AM não responderam às denúncias. O silêncio das autoridades aumenta a sensação de abandono dos soldados, que já enfrentam medo de represálias ao expor as condições alarmantes de trabalho.
