O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o Vietnã como segundo e último destino da sua viagem à Ásia. Lula chegou em território vietnamita na noite de quinta-feira 27, após deixar o Japão, onde o Brasil firmou uma parceria com para facilitar a exportação de carnes brasileiras.
Já nesta sexta-feira 28, Lula e o presidente do Vietnã, Lions Cuong, assinaram um plano de ação para implementação de parceria estratégica entre os dois países. “Adotamos um plano de ação abrangente para o período 2025-2030, que nos ajudará a avançar em diversas áreas”, sintetizou o presidente brasileiro na chegada ao país.
Segundo o documento, será dada prioridade a ações referentes a áreas como defesa, economia, comércio e investimentos; ciência, tecnologia e inovação; meio ambiente e sustentabilidade; agricultura e segurança alimentar e nutricional; transição energética e cooperação sociocultural e assuntos consulares.
A viagem de Lula também tem outros objetivos centrais: ampliar o mercado vietnamita para a carne brasileira e viabilizar a compra de aviões da Embraer por Hanói. No primeiro caso, o presidente do Vietnã disse que “considera seriamente” permitir a entrada da carne bovina do Brasil no seu país.
O Brasil, aliás, aposta no fato de ter uma balança comercial positiva com o Vietnã: foram 7,7 bilhões de dólares negociados no ano passado, segundo o Itamaraty, com um superávit de 415 milhões de dólares para o Brasil.
No caso do mercado de aviação, a Embraer pretende encaminhar a venda de produtos para a Vietnam Airlines. “Espero que a Vietnam Airlines avalie positivamente a oferta da Embraer para jatos da família E-Jets, ideais para a conectividade regional”, comentou Lula.
O cenário para a concretização dos negócios deverá ser um fórum econômico na capital vietnamita, que acontece no próximo sábado 29. Mais de cem empresários dos dois países devem comparecer, segundo o governo brasileiro.
Lula também espera voltar de viagem com a confirmação de que o Vietnã vai participar do encontro da cúpula do Brics no Rio de Janeiro, no próximo mês de julho. No ano passado, o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, chegou a participar como observador da cúpula, mas o Vietnã ainda não respondeu a um convite para se tornar parceiro formal do bloco.
Por:Carta Capital