Personalidades da cultura e da política lamentaram a morte do fotógrafo Sebastião Salgado, nesta sexta-feira 23.
O presidente Lula (PT), chegou a interromper um evento oficial e pedir um minuto de silêncio. Ele disse que Salgado é “se não o maior, um dos maiores e melhores fotógrafos que o mundo já produziu”.
Em nota oficial publicada minutos depois, o presidente se disse “profundamente triste” com a morte e citou o “inconformismo” do fotógrafo em relação à desigualdade.
“Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração. Por isso mesmo, sua obra continuará sendo um clamor pela solidariedade”, diz o texto.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) escreveu nas redes sociais que as lentes do fotógrafo revelaram “as belezas e injustiças do mundo”. “Uma celebração da vida e da natureza e um chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável.”
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi às redes sociais e disse que “sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também se manifestou nas redes, dizendo que perdeu um amigo e que “o Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial”.
A Academia de Belas Artes da França, da qual Salgado fazia parte desde 2016, comunicou “profundo pesar” com o falecimento. A entidade publicará uma nova nota à imprensa em breve.
O fotógrafo Patrick Witty, chefe da equipe de fotografia da Casa Branca e que trabalhou por veículos como o New York Times e a National Geographic, disse que o brasileiro foi uma “lenda”.
A também fotógrafa Gabriela Biló, da Folha de S. Paulo, escreveu nas redes sociais: “O maior fotógrafo do Brasil e um dos maiores do mundo descansa hoje. Vá em paz, Sebastião Salgado“.
Outras manifestações
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que Salgado “deixa um legado na arte que nos incentiva sempre a refletir sobre os caminhos e decisões que tomamos”.
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o fotógrafo é um “patrimônio cultural brasileiro, tinha o olhar voltado para a proteção ambiental, das comunidades indígenas e outras causas importantes da humanidade”.
Para a ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, “Sebastião era Salgado apenas no sobrenome: um ser humano a mostrar uma doçura total, mesmo nas denúncias fotografadas das indignidades e feridas do mundo”.
O perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto no X publicou: “O olhar de Sebastião Salgado sobre o país desde a redemocratização moldou o imaginário nacional com fotos de luta e da vivência do povo. Hoje, o Brasil se despede de um grande artista. Vá em paz, sal da terra”.
Por:Carta Capital