O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença grave, que causa lesões no cérebro e pode levar a sequelas e morte. No Brasil, essa é uma das principais causas de óbito, juntamente com outras doenças cardiovasculares igualmente sérias.
De acordo com o Portal da Transparência do Centro de Registro Civil (CRC), a mortalidade por AVC cresceu, ultrapassando o infarto, chegando a 112.052 em 2023. Além disso, existem três tipos principais: AVC isquêmico (o mais comum, representando 85% dos casos), AVC hemorrágico e AVC transitório (ou AIT).
Sabendo de todos esses dados e da gravidade do problema, é de extrema importância que as pessoas busquem cada vez mais por hábitos saudáveis, que possam ajudar a minimizar os riscos de um AVC acontecer. Além de estar sempre em dia com os exames médicos, existem algumas práticas que podemos fazer no dia a dia para ajudar a reduzir o perigo.
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Em um artigo publicado no The Conversation, podemos ver algumas dicas de hábitos que podem ajudar a diminuir os riscos de ter um AVC. Veja abaixo!
Hábitos que podem diminuir as chances de um AVC
1 – Parar de fumar

Quem é fumante tem mais do que o dobro de probabilidade de sofrer um AVC do que quem não fuma. Isso porque o fumo danifica as paredes dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca, além de reduzir os níveis de oxigênio.
O ato de fumar também faz com que o sangue se torne pegajoso, o que eleva ainda mais o risco de coágulos que podem bloquear os vasos sanguíneos, causando um derrame.
2 – Controlar a pressão arterial

A pressão alta também danifica as paredes dos vasos sanguíneos, fazendo-os mais fracos e propensos a rupturas ou bloqueios. Além disso, pode ocasionar a formação de coágulos que podem se deslocar para o cérebro, bloqueando o fluxo de sangue e levando a um acidente vascular cerebral.
Quem tem mais de 18 anos tem que verificar a pressão arterial com regularidade, pois caso apresente sinais de desenvolvimento de pressão alta, é possível fazer as mudanças no estilo de vida visando reduzir o risco de derrame.
3 – Verificar o nível de colesterol

Segundo a UK Stroke Association, a chance de ter um derrame é quase três vezes e meia maior se a pessoa tiver colesterol alto e pressão alta. Sendo assim, também é preciso estar de olho nos níveis do colesterol. Para diminuí-lo, deve-se evitar a gordura saturada, mantendo-a abaixo de 7% das calorias diárias, além de praticar exercícios e controlar o peso.
4 – Ficar atento ao nível de açúcar no sangue

O açúcar em níveis altos no sangue está associado a um risco maior de AVC, pois danifica os vasos e pode facilitar a viagem de coágulos sanguíneos até o cérebro.
Uma forma de reduzir essa possibilidade, além de diminuir o consumo do açúcar, é fazer exercícios regulares, ter uma dieta balanceada e rica em fibras e beber bastante água, além de manter o peso saudável e controlar o estresse, na medida do possível.
5 – Manter um peso saudável

O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o AVC, aumentando-o em 22%, sendo que um em cada cinco acidentes cerebrais são relacionados ao peso corporal elevado. Já a obesidade aumenta mais ainda esse risco, chegando a 64%.
Além disso, o excesso de peso eleva as chances de pressão alta, de doenças cardíacas, de colesterol alto e de diabetes tipo 2, todos fatores que contribuem para que um derrame aconteça.
6 – Seguir uma dieta mediterrânea

Seguir uma dieta balanceada é importante, como acontece com a culinária mediterrânea, que é repleta de frutas, legumes, fibras e óleos insaturados, sendo considerada a mais saudável pelos cientistas.
Essa gastronomia pode ajudar a manter um peso saudável por ser baseada em alimentos que fazem bem ao organismo, principalmente com o suplemento de nozes e azeite de oliva.
7 – Dormir bem

É importante manter uma rotina de sono de qualidade diariamente, já que dormir pouco pode ser um causador de pressão alta, um dos fatores de risco modificáveis mais importantes para o derrame.
Entretanto, não pense que quanto mais, melhor: dormir demais também está associado ao aumento dessas chances. O ideal é dormir entre sete a nove horas por dia, além de ser o mais ativo possível para descansar bem à noite.
8 – Manter-se ativo

O Sistema Nacional de Saúde (NHS na sigla em inglês) recomenda que as pessoas evitem ao máximo um comportamento sedentário prolongado, buscando pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada, ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa, semanalmente.
O exercício precisa ser distribuído uniformemente em quatro ou cinco dias por semana, ou até mesmo todos os dias. As atividades de fortalecimento, geralmente devem ser feitos em mais de dois dias por semana.
Fonte: Olhar Digital